30 de Outubro (2018)
Hoje, dia 30 de outubro, assinala-se o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, uma das doenças mais impactantes e frequentes na sociedade, que acomete um órgão associado à maternidade e à feminilidade.
O cancro da mama é o tipo mais comum de cancro no sexo feminino e é também a principal causa de morte por cancro na mulher. Este tipo de cancro pode estar dissimulado através de sintomas que, à primeira vista, podem não nos dizer nada, mas que são sintomas de cancro da mama, como presença de nódulo ou caroço na mama, podendo o seu diagnóstico ser confirmado através da mamografia ou de outros exames.
Quer saber mais sobre o cancro da mama? Então continue a ler, pois neste artigo explicaremos quais os sintomas de cancro da mama, os seus tipos e estádios, como é feito o diagnóstico, tratamento e prevenção.
Apesar de ser raro, o cancro da mama também pode afetar o sexo masculino. Tanto a mama feminina como a mama masculina são formadas pela glândula mamária e por gordura. Apesar de, nos homens, não haver o estímulo hormonal para o crescimento desta glândula, ao contrário do que ocorre no sexo feminino durante a adolescência, estes podem também desenvolver cancro da mama.
O facto de o cancro da mama ser tipicamente associado ao sexo feminino leva a que os casos de cancro da mama no sexo masculino sejam diagnosticados tardiamente, apesar dos sintomas serem praticamente os mesmos. Pelo que, grande parte da informação apresentada neste artigo sobre o cancro da mama é aplicável também ao cancro da mama masculino, incluindo o tratamento e a prevenção.
Numa fase inicial, o cancro da mama não causa sintomas e alguns não são exclusivos deste tipo de cancro, e podem ocorrer devido a outros problemas, como quistos. Contudo, esteja atenta a alguns destes sinais de cancro da mama, que podem ocorrer em simultâneo ou isoladamente:
O cancro da mama varia de pessoa para pessoa e pode ser classificado nos seguintes tipos:
Estes tipos de cancro da mama podem ser benignos, no qual o seu crescimento é lento e os tumores são bastante localizados, ou malignos, quando há um crescimento acentuado e aleatório com os contornos das células muito irregulares.
Para além de termos conhecimento sobre o tipo de cancro da mama, necessitamos saber qual o estádio de evolução em que este se encontra, ou seja, saber a extensão do tumor na mama, nos gânglios e, possivelmente, noutros órgãos. Assim, a doença pode ser classificada em:
O diagnóstico do cancro da mama pode ser feito através de:
Existe também o programa de rastreio do cancro da mama, dirigido a mulheres que podem não apresentar sintomas de cancro na mama, entre os 50 e 69 anos, onde é feita uma mamografia a cada dois anos. Para participar nestes rastreios, deve dirigir-se ao seu centro de saúde local.
A palpação deve ser feita pelo menos uma vez por mês, após o período menstrual, de modo a detetar alguma anomalia, nomeadamente, a presença de algum nódulo na mama. Para além disso, deve também estar atenta ao aspeto, textura e tamanho dos seios. E como pode fazer a palpação? É simples!
Primeiro, observe os seios ao espelho, uma vez com os braços para baixo e outra com os braços para cima. Veja se há mudanças de cor na pele e no mamilo, bem como a presença de zonas mais duras. Procure por “inchaços”, “caroços” ou “covinhas”, usando a ponta dos dedos. Existem três métodos que pode utilizar:
1. Método linhas verticais: começando por um lado da mama, passando os dedos de baixo para cima e de cima para baixo, até chegar ao outro lado.
2. Método círculos concêntricos: começando da parte de cima da mama, fazendo círculos no sentido dos ponteiros do relógio, até chegar ao centro da mama.
3. Método do relógio: imagine a mama dividida em seis segmentos. Comece a palpação a partir da parte de cima (como se fossem 12 horas), descendo até ao mamilo em pequenos movimentos circulares. A seguir, coloque a ponta dos dedos nas “2 horas” e repita até ter visto os seis segmentos.
Segundo Benjamin O. Anderson, Joseph Lipscomb, Raul H. Murillo e David B. Thomas, este autoexame é feito para procurar anomalias assintomáticas nos seios, havendo maior probabilidade de sobrevivência se os casos de cancro da mama forem detetados com antecedência, possibilitando que o cancro fique localizado e não se espalhe para outras zonas do corpo. Se, após este exame físico, notar alguma diferença, deve consultar o seu médico, de modo a obter um diagnóstico mais assertivo.
Primeiramente deverá consultar o seu médico de família para este, posteriormente, a reencaminhar para um médico especialista em mama feminina – médico oncologista.
Esta patologia, com bastante impacto psicológico, tem muitos tipos de tratamentos a que pode recorrer, mas tudo dependerá do tipo e estádio em que se encontra o cancro, pelo que a avaliação feita pelo seu médico é imprescindível. Estes tratamentos podem ser locais, sendo aplicados diretamente na zona afetada, ou sistémicos, ou seja, administrados na corrente sanguínea.
Este tratamento é efeito através da corrente sanguínea:
Os fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de ter cancro na mama são:
Embora existam fatores de risco que estão fora do seu controlo, como antecedentes familiares com cancro da mama, alguns cuidados podem reduzir o risco de vir a ter a doença. Deve começar por fazer o autoexame da mama (palpação) pelo menos uma vez por mês.
A partir dos 40 anos, deve fazer uma mamografia anual, ou quando o seu médico achar necessário. Deve ter alguns cuidados com a alimentação, pois ajudam a prevenir não só o cancro da mama, mas também outros problemas de saúde. Deve reduzir o consumo de gordura animal, como manteiga, queijos gordos e carnes vermelhas, cortar no açúcar, comer mais frutas e legumes, consumir mais peixe, beber mais água e praticar exercício físico também é importante.
Se, após a leitura deste artigo, identifica-se com os sintomas, consulte o seu médico.
Um diagnóstico precoce é o primeiro passo para a cura!
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